segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fé por geografia





Sabemos que o ser humano é, em grande medida, um produto de seu ambiente. Se ele nasceu de pais brasileiros, falará português, comerá comida brasileira, e provavelmente vai gostar de futebol. Se tivesse nascido no Japão, falaria japonês, comeria o japônica (arroz japonês) todos os dias, e gostaria de beisebol ou de assistir sumô.


Questão de lógica.

Infelizmente, o mesmo acontece com a fé das pessoas. A maioria das pessoas professa a fé que adquiriu devido à sua localização geográfica. O brasileiro há uns anos atrás já nascia praticamente com um terço no pescoço (ainda que nos últimos anos, a religião de berço do brasileiro nem sempre é a católica).

O mesmo se dá com o muçulmano, o judeu, o budista, o espírita, e até mesmo o ateu.As pessoas professam a fé que lhes foi passada por seus pais. Se você tivesse nascido na Arábia Saudita, provavelmente seria muçulmano. Se na China, seria budista, taoísta, ou mesmo agnóstico.

Quer dizer, esse tipo de fé é fruto de tradição, costumes, e influência. Essa fé, porém, é uma fé falsa. É religiosa, sem pé nem cabeça, e não funciona quando a pessoa mais precisa. A inteligência nos diz que a fé em Deus (que não tem nacionalidade nem costumes) não pode estar sujeita aos costumes e tradições de um povo.

Então, de onde vem a verdadeira fé?

Ela é fruto do raciocínio, do uso da inteligência sobre as coisas criadas por Deus. Quando você pensa nas coisas que Deus criou, como as criou, com que finalidade etc. — você chegará a conclusões que darão origem a fé pura.

Nenhuma religião resiste ao teste de inteligência.

De onde vem a sua fé — da sua geografia, de seu ambiente, ou de sua inteligência?

No que diz respeito a fé, você tem que estar fora do mapa.


Bispo Renato Cardoso.

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